Nos últimos anos, o público que frequenta a Ascade tem presenciado um elevado número de capivaras que circulam nas redondezas do Clube e por toda a região do Lago Paranoá. O que no início despertou admiração e curiosidade de todos, a presença crescente da espécie passou a causar preocupação na comunidade.

O bando com centenas desses animais é visto praticamente diariamente e com isso acendeu o alerta para o risco de doenças.

A capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela, o qual transmite a doença Febre Maculosa Brasileira (FMB). A doença é transmitida por esses carrapatos, que funcionam como reservatórios da bactéria, que são microrganismos que causam a doença.

Com o objetivo de combater essas pragas, a Ascade tem feito quinzenalmente um trabalho de dedetização no gramado do Parque Aquático, com objetivo de manter o Clube livre aos riscos que essas pragas oferecem aos sócios e visitantes, proporcionando e oferecendo bem estar e conforto.

Com a urbanização do lote ao lado do Clube, as capivaras perderam mais um refúgio e tem frequentado mais as redondezas da Ascade e com isso houve registros de carrapatos em nossos gramados.

Na última segunda-feira, 18 de julho, mais uma vez recebemos uma empresa especializada e reforçamos o trabalho de dedetização para o controle dessas espécies nas dependências do Clube.

A diretoria da Ascade está atenta aos riscos causados por essas pragas, tem feito a limpeza adequada da área e reivindicado aos órgãos competentes sobre os danos causados por esses animais.

O presidente da Ascade, Francisco Morais, aproveita a oportunidade para informar ao associado que através do Sindicato de Clubes e Entidades de Classe Promotoras de Lazer e Esportes do Distrito Federal (Sinlazer), tem acionado o Governo do Distrito Federal (GDF) sobre o adequado manejo das capivaras que habitam as margens do Lago Paranoá. Além disso, foi solicitado a apresentação de um Plano de Ação para a solução dos graves problemas causados por estas espécies.

De acordo com o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal, em resposta à solicitação do Sinlazer e Ascade, as autoridades competentes informaram que o Brasília Ambiental não realiza a captura ou executa qualquer outro tipo de manejo de capivaras, apenas autoriza a realização de manejo quando a legislação e as condições ambientais permitem.

No que concerne ao manejo de fauna nativa, só pode ser autorizado pelo órgão ambiental em caso de espécies consideradas sinantrópicas e nocivas, ou seja, deve haver a comprovação de que a espécie está causando transtornos significativos de ordem econômica ou ambiental, ou que haja dados que apontem para o risco à saúde pública.

Segundo o Brasília Ambiental, no Distrito Federal a situação epidemiológica da febre maculosa brasileira atualmente não aponta para risco a saúde pública, pois foram registrados pouquíssimos casos comprovados de ocorrência da doença nas últimas décadas e nenhum óbito.